São Paulo, quarta-feira, 30 de agosto de 1995
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Guerra de comida; Gasolina no fogo; Silêncio eloquente; Vingança maligna; Blefe; Veneno; Pé na tábua; Fechando o cerco; Escudo constitucional; Fora do eixo

Erramos: 05/09/95
O nome do filósofo José Arthur Giannotti foi grafado incorretamente em nota do Painel publicada na edição de 30/8.
Guerra de comida
Apesar da briga, está programado para amanhã, na casa de José Aníbal, jantar de Serjão e outros tucanos com a cúpula do PFL: Luís Eduardo, Jorge Bornhausen e Marco Maciel. Literalmente, vão pôr tudo em pratos limpos.

Gasolina no fogo
Líder do PFL, Inocêncio Oliveira (PE) era um dos pefelistas mais exaltados ontem com as declarações de Sérgio Motta: ``O governo precisa de bombeiros e não de incendiários", repetia.

Silêncio eloquente
A ordem no Planalto ontem era minimizar as reclamações dos pefelistas e, se possível, silenciar. Não basta: o silêncio de Serjão -que não negou publicamente ter criticado o PFL- é pouco para acalmar os aliados de FHC.

Vingança maligna
De João Mellão (PFL), sobre a crítica do amigo intelectual de FHC José Gianotti ao PFL: ``Frederico 2º da Prússia, quando queria punir uma província, indicava um filósofo para governá-la".

Blefe
No PSDB, a chiadeira do PFL é vista como a velha técnica de valorizar todo e qualquer incidente para manter FHC sob pressão e pedir algo em troca. O tucanato espera que o Planalto tenha o sangue frio de um jogador de pôquer.

Veneno
De um pefelista, ao saber que está confirmado para amanhã o jantar da cúpula tucana com a do PFL, apesar de todo o bate-boca entre os partidos: ``A única precaução é quanto à comida. Convém reler a história dos Borgia".

Pé na tábua
Vice-presidente do PFL, José Jorge avisa: se o governo não enviar até sexta o projeto de regulamentação da emenda já aprovada sobre navegação de cabotagem, os pefelistas apresentarão projeto próprio e o levarão à votação.

Fechando o cerco
Enquanto tromba com sua base, o governo também não melhora a relação com a oposição. ``Numa escala de zero a dez, a chance de uma conversa com consequência entre governo e oposição é zero", diz o pedetista Miro Teixeira.

Escudo constitucional
Enquanto PFL e PSDB trocavam tiros, Maciel, o vice, se refugiava ontem no Jaburu com constitucionalistas da França, Portugal e Brasil. Discutiram a quebra de sigilo bancário e fiscal, a legislação partidária e as reformas.

Fora do eixo
Há grande preocupação entre líderes governistas no Congresso: todo dia surge nova crise política fora do Legislativo que atrapalha o andamento das reformas lá dentro. ``Precisamos retornar ao principal", diz José Aníbal (PSDB).

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