São Paulo, sexta-feira, 1 de setembro de 1995 |
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Governo reserva verba para atender parlamentar
SÔNIA MOSSRI
A idéia do Palácio do Planalto é definir um volume fixo de verbas para cada congressista. O governo se comprometeria a não vetar essas emendas nem bloquear a liberação dos recursos. O objetivo é evitar a pulverização do pouco dinheiro que sobrou no projeto orçamentário, cerca de R$ 8,3 bilhões -uma queda de quase 13% em relação ao de 95. Segundo a Folha apurou, a estratégia do Planalto é tentar conter a insatisfação dos parlamentares com a contenção de verbas realizada pelo Secretaria do Tesouro Nacional e conseguir apoio para a reforma tributária. Oficialmente, o governo tentará fechar um acordo informal com as lideranças partidárias, evitando o desgaste do anúncio formal de um fundo somente para pedidos de emendas que atendam interesses localizados dos parlamentares. A proposta orçamentária atinge R$ 313,4 bilhões, quase três vezes o valor da dívida externa brasileira. Mais de 40% (R$ 126,8 bilhões) estão comprometidos com despesas com pessoal e manutenção da máquina administrativa. O pagamento do funcionalismo público e encargos sociais (gastos com a Previdência, férias e décimo-terceiro) somam R$ 41,3 bilhões -R$ 24,9 bilhões com o pessoal ativo e R$ 16,3 bilhões com aposentados e pensionistas. O projeto conta com fontes de recursos da reforma tributária, que enfrenta resistência no Congresso. O ministro José Serra (Planejamento) afirmou que, se o Legislativo rejeitar a prorrogação do Fundo Social de Emergência, o governo terá de cortar o equivalente a R$ 5 bilhões no Orçamento, reduzindo os investimentos a zero. Texto Anterior: Pefelista ataca Motta; oposição apóia tucano Próximo Texto: Planalto tenta reduzir insatisfação Índice |
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