São Paulo, sexta-feira, 1 de setembro de 1995
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Ipea revê crescimento industrial

DA SUCURSAL DO RIO

Empresários e governo divergem em relação ao crescimento industrial esperado para o país este ano. A previsão dos primeiros é mais pessimista.
Enquanto o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), órgão do Ministério do Planejamento, estima que a indústria crescerá 4,8%, a CNI (Confederação Nacional da Indústria) avalia que o crescimento não passará de 2,8%, condicionado a uma liberalização do crédito.
As duas previsões constam de documentos divulgados ontem pelas duas entidades. A Carta de Conjuntura de agosto do Ipea prevê ainda que o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro, que mede a produção total de bens e serviços do país, crescerá 5,1% neste ano.
O Informe Conjuntural da CNI, também de agosto, traça três cenários para o comportamento da produção industrial neste ano. O primeiro, que prevê o crescimento de 2,8%, é considerado o mais viável pelo diretor-adjunto do Departamento Econômico da entidade, Flávio Castelo Branco.
Para que esse cenário ocorra, a CNI entende que é necessário o governo levar adiante seu propósito de reduzir gradualmente as restrições ao crédito. No ambiente atual, de fortes restrições e de insegurança quanto à manutenção do emprego, a entidade avalia que o crescimento não passa de 1,5%.
No terceiro cenário, considerado improvável, as restrições ao crédito seriam retiradas rapidamente e a produção industrial iria crescer 4,5% em 95.

Emprego
O nível de emprego industrial do país medido pelo IBGE apresentou crescimento de 0,4% no primeiro ano do Plano Real. Entretanto, de maio para junho deste ano apresentou queda de 1,4% -a maior desde dezembro de 1993.

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