São Paulo, domingo, 3 de setembro de 1995 |
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Epílogo A longuíssima novela dos bancos estaduais entra agora numa fase decisiva. Depois do Econômico, e diante da atuação pouco firme do BC no episódio, é moralmente inadiável uma solução mais rápida para o imbróglio em que se envolveram Banespa e Banerj. Mas o tom de urgência ganhou mais força com o fato de o governo do Rio ter assinado convênio para substituir o atual regime de administração especial temporária do BC por uma administração profissional a ser escolhida em licitação. Segundo o presidente do BC, Gustavo Loyola, a privatização do Banerj deverá ocorrer ainda em 1996. O vencedor da concorrência para preparar o Banerj para o leilão privatizante será definido no próximo dia 20 de novembro. É evidente que o modelo de privatização do Banerj pode ser aplicado ao Banespa. Em São Paulo, entretanto, o governador aposta em soluções menos transparentes e recusa-se a endossar qualquer projeto de privatização. A partir de agora já não se trata de discutir doutrinas e adiar uma solução. O exemplo do Rio torna claro para a opinião pública que o desbarate talvez tenha um fim. A novela desses bancos pode chegar assim ao seu epílogo. Resta saber se o Banco Central, em sintonia com os novos tempos, saberá colocar termo ao descalabro. Essa é uma novela que ninguém acha que valerá a pena ver de novo. Texto Anterior: A violência Próximo Texto: As lições do tigre Índice |
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