São Paulo, segunda-feira, 4 de setembro de 1995
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Estudantes viram cientistas na faculdade

CÉLIA ALMUDENA
DA REPORTAGEM LOCAL

Eles nem esquentaram os bancos da faculdade e já entraram no mundo da pesquisa científica.
Trabalham com assuntos tão estranhos quanto quantidade de bismuto (um elemento químico) em águas ambientais ou a função de hormônios da tireóide na produção de calor.
Alguns procuram conseguir bolsas de iniciação científica -oferecidas por entidades como CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo)- logo que entram na faculdade.
Outros não se preocupam com essas formalidades. É o caso de Alexandre de Souza Lima, 22, aluno de engenharia da Poli (Escola Politécnica da USP).
No último dia 22 ele recebeu cerca de R$ 3.000 e uma bolsa de pós-graduação pelo primeiro lugar no "12º Prêmio Jovem Cientista", promovido pelo CNPq, Fundação Roberto Marinho e Grupo Gerdau.
"Fiz um trabalho que tem utilidade prática, ele pode ser aplicado na redução de custos da construção", diz.
Alexandre afirma que é um cara normal: trabalha, estuda, pratica esportes (futebol e tênis), vai ao cinema, ao teatro e tem namorada.
"O Brasil está cheio de jovens capazes de fazer trabalhos iguais ou superiores ao meu. O que falta é oportunidade. Por isso, é importante que os jovens participem de concursos como esse."
O prêmio já está rendendo. Além de ser editado no próximo ano pela Fundação Roberto Marinho, o trabalho será publicado agora pelo Sinduscom (Sindicato da Indústria da Construção).
O Sinduscom também convidou Alexandre para dar uma palestra a seus associados no dia 6 de outubro.

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