São Paulo, terça-feira, 5 de setembro de 1995
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Pareja foi adolescente de classe média alta

WAGNER OLIVEIRA
DA AGÊNCIA FOLHA

O sequestrador Leonardo Pareja foi um adolescente de classe média alta em Goiânia (GO).
Filho de um empresário e fazendeiro, "Leo", como é chamado pela mãe, morou a maior parte da vida no Setor Marista, bairro de classe média comparado à região dos Jardins, em São Paulo.
Ele estudou nas melhores escolas da cidade, como o colégio de padres Ateneu Dom Bosco. Fez curso técnico de computação e, dos 10 aos 14 anos, estudou inglês, espanhol e piano.
O vice-diretor do colégio Ateneu Dom Bosco, padre Jene Farney, disse que Leonardo Pareja tinha dificuldades no aprendizado.
Leonardo ganhou títulos em provas de bicicross e de natação. Os problemas com sua família começaram, segundo sua mãe, Luzia Rodrigues dos Santos, em 1986.
O pai de Leonardo, Pedro Pareja, começou a ter dificuldades com os negócios, até ir à falência.
Segundo a mãe de Leonardo, foi nessa etapa que o rapaz, então com 16 anos, começou no crime.
Segundo ela, por meio das "más companhias", Leonardo começou a praticar furtos de motos e assaltos a postos de gasolina.
A primeira prisão de Leonardo foi aos 18 anos, em abril de 1992, ano da morte de seu pai. Ele foi preso quando tentava assaltar um posto de combustível.
Com a morte do pai, a mãe de Leonardo se mudou para Senador Canedo, onde ganhou uma casa em um conjunto habitacional construído em sistema de mutirão.
Depois de cumprir cinco meses de prisão, Leonardo fugiu da Casa de Prisão Provisória (CPP), em Goiânia. Ele foi recapturado em novembro do mesmo ano. Julgado, foi condenado a nove anos e meio de prisão. Em dezembro de 94, Leonardo fugiu do Hospital de Urgências de Goiânia.

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