São Paulo, quarta-feira, 6 de setembro de 1995
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GTE quer investir no mercado brasileiro

FHC recebe hoje presidente da empresa

DA SUCURSAL DO RIO

O presidente internacional da GTE Corporation, empresa norte-americana do ramo de telecomunicações, Michael Masin, encontra-se hoje com o presidente Fernando Henrique Cardoso para conhecer melhor as condições de abertura do mercado brasileiro.
Com um faturamento anual de US$ 22 bilhões e um lucro de US$ 2,5 bilhões no ano passado, a GTE tem especial interesse nas áreas de telefonia local e celular quando o mercado brasileiro se abrir para o capital estrangeiro.
A GTE já explora a telefonia celular na Argentina, Venezuela e Estados Unidos, onde é a segunda maior do país. A empresa está em 30 Estados dos EUA em telefonia local e também explora o serviço na Argentina. Na República Dominicana, a GTE detém 100% do mercado de telefonia.
Masin disse que, no Brasil, ainda não definiu se vai atacar prioritariamente o mercado celular ou o local, mas não divulga quanto pretende investir no país. "O investimento vai depender das oportunidades", disse.
A GTE está abrindo um escritório no Brasil, que terá como sede São Paulo. O principal executivo será Jose Guisard-Ferraz. Masin disse que a empresa pretende investir em mercados menores, além de Rio, São Paulo e Brasília.
Masin está acompanhado no Brasil do ex-secretário de Estado dos EUA Henry Kissinger, que afirma estar indicando o país para seus clientes que querem investir no exterior.
"O Brasil sozinho já é o maior mercado a América Latina. Com o Mercosul, ele ganha mais importância ainda", disse Kissinger, que ganhou o prêmio Nobel da Paz em 1973.
Kissinger defende que a longo prazo, o Mercosul deva se unir ao Nafta.
Segundo ele, mesmo que isto não aconteça, Brasil e Estados Unidos devem aumentar seus laços comerciais.
Para Kissinger, a demora da aprovação da lei de patentes por parte do Brasil e as restrições às importações brasileiras pelos EUA, como a de sapatos, por exemplo, são "pressões específicas de cada país" que não afetam a decisão principal de aproximação.

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