São Paulo, quarta-feira, 6 de setembro de 1995 |
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'Variety' publica lista de maiores conglomerados do setor audiovisual
ALMIR LABAKI
O critério foi a receita das empresas no último ano fiscal, excluídas as estatais como a britânica BBC e a norte-americana PBS. A primeira posição do grupo batizado como "Global 50" ficou com a Time Warner, com receita de US$ 15,9 bilhões. Entre as dez maiores, três são norte-americanas, quatro européias, uma japonesa, e duas transnacionais (Austrália-EUA e Japão-EUA). Só três companhias latino-americanas entraram para o grupo. Além da Globo (US$ 1,6 bilhão), marcam presença o Grupo Televisa do México (40º posição, US$ 1,1 bilhão) e o Grupo Clarín da Argentina (41º, US$ 1,04 bilhão). Na breve nota de apresentação, a "Variety" compara o domínio da Globo sobre a audiência no Brasil (60 a 70%) ao da Televisa no México, frisando semelhanças quanto à "musculatura política". Segundo a revista, a Globo é creditada "como tendo lançado a malfadada carreira presidencial de Fernando Collor (1990-93), que acabou em impeachment". A nota explica que a maior parte da receita das Organizações Globo vem da publicidade na TV ("mais de US$ 1 bilhão no ano passado") e registra o recente anúncio de parceria entre a Globo e o grupo do magnata das comunicações Rupert Murdoch num projeto de TV latina por assinatura. A "Variety" ainda cita que o Projac (um "gigantesco complexo televisivo de US$ 120 milhões") deve ser inaugurado este mês. "Mas nenhuma data foi ainda fixada para uma transformação ainda maior: a transferência de poder de (Roberto) Marinho para seu filho mais velho e aparente herdeiro, Roberto Irineu Marinho", conclui o texto. (AL) Texto Anterior: Projeto vende camisetas Próximo Texto: "O Judeu" estréia em mostra de Lisboa Índice |
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