São Paulo, sábado, 9 de setembro de 1995 |
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Moradora não obteve benefício
DA FOLHA SUDESTE Enia Barros da Silva, 30, mora na casa ao lado da de Lúcia Pereira de Souza, que comprou um aparelho de som com o dinheiro que recebeu. Enia tentou se inscrever no programa de renda mínima, mas, não foi cadastrada. Mora há apenas um ano em Campinas.Enia morava com o marido em Sumaré. Uma das exigências do projeto é conceder o benefício para as pessoas que moram há pelo menos dois anos no município, completados antes da publicação da lei, o que ocorreu em janeiro. Sua família é composta pelo marido, Eli Pereira da Silva, desempregado, e por três filhos, o maior com 5 anos. A renda familiar seria zero, porque ela não trabalha. A profissão do marido é torneiro-mecânico. Eles sobrevivem de um "bico" que Silva faz como ajudante de pintor. Receberam neste mês R$ 200. Com esse valor, ultrapassariam o limite máximo de R$ 35 per capita, como determina a proposta. Entretanto, em julho, segundo Enia, "não apareceu" nada. "Fomos obrigados a pedir dinheiro emprestado." Enia disse que, se conseguisse obter o cadastro no renda mínima, compraria remédios e comida para os filhos. "Não gasto menos do que R$ 70 por mês no mercado." Texto Anterior: Projeto já atendeu 1.311 famílias Próximo Texto: Médico ignora sexualidade, dizem especialistas Índice |
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