São Paulo, sábado, 9 de setembro de 1995
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Inflação mexicana cai 1,66% em agosto

FLAVIO CASTELLOTTI
DA CIDADE DO MÉXICO

A inflação de agosto no México foi de 1,66%, a menor taxa mensal do ano. Em julho, a inflação foi de 2,04%. Houve portanto uma queda de 18,6% na taxa.
Segundo o Banco do México, a inflação acumulada nos últimos 12 meses é de 41,57% e a do período de janeiro a agosto é de 37,8%.
"Isso demonstra claramente que o Plano de Emergência Econômica foi eficiente para combater a inflação", disse o ministro da Fazenda Guillermo Ortiz.
Em abril, devido a desvalorização do peso frente ao dólar, a inflação chegou a 8% ao mês.
O Banco do México adotou então uma política de redução da base monetária (dinheiro em circulação) e o Executivo não concedeu aos trabalhadores um reajuste da mesma ordem da inflação, que, assim, foi controlada.
Os setores que mais puxaram o índice em agosto foram roupas e calçados (2,76%), medicamentos e higiene pessoal (2,39%) e material escolar (1,84%).
Entre os que tiveram aumento inferior ao índice estão transportes (0,62%) e habitação (1,35%).

Recessão
A Indústria teve queda de atividade de 6,5% durante o primeiro semestre, informou ontem o Ministério da Fazenda.
No segmento de Indústria de Transformação a queda foi de 5,4%. Já no segmento de Indústria da Construção, a diminuição da atividade chegou aos 18,5%.
Víctor Manuel Dias Romero, presidente da Concamin (Câmara da Indústria de Transformação), quer que o governo injete capital na economia para reativar o setor produtivo.
Dias defende uma injeção gradual e por meio de empresas que já tenham competitividade demonstrada, para não pressionar a inflação.
Ele afirmou que o setor industrial mexicano está trabalhando com apenas 70% da capacidade instalada e que o aumento de US$ 1,5 bilhão na base monetária, verificado na última semana, não é suficiente.

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