São Paulo, domingo, 10 de setembro de 1995 |
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Pai do acervo soube por acaso
SÉRGIO AUGUSTO
"Perdeu-se uma coleção valiosíssima, com peças que remontam ao início do cinema brasileiro. Algumas delas são raríssimas até mesmo na Europa e estavam em perfeito estado de conservação. A Cinemateca devia ter me informado do roubo. Nada justifica o seu silêncio, a sua omissão. O que é que eu vou dizer àqueles colecionadores que, abnegadamente, as doaram ao Museu do Cinema?" Entre as preciosidades desaparecidas, a mais lamentada é uma câmera Débrie GV (Grand Vitesse), 35 mm, fabricada por volta de 1910, que puxava 240 fotogramas numa única manivelada. Como teve um período de fabricação muito curto, existem poucas no mundo. "A Williamson também possui um valor histórico incalculável", ressalta José Roberto Messias de Moraes. "Acredita-se que tenha sido com ela que a missão do marechal Rondon foi documentada, no início do século. A câmera Pathé, roubada na segunda leva, era de 1907 e pertencia ao pioneiro Paulo Benedetti. Um vexame." (SA) Texto Anterior: Roubo em Cinemateca do MAM é ignorado Próximo Texto: Livro alerta para risco de levantar o polegar Índice |
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