São Paulo, terça-feira, 12 de setembro de 1995
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Exalando otimismo; Em tese; Tom de ameaça; O tempo urge; O próximo; Oposição à mesa; Animado; A cobrar; Mais para frente; Balança do poder

Exalando otimismo
A bancada governista está mais do que otimista quanto à renovação do Fundo Social de Emergência pelo Congresso. Só falta negociar o prazo: um ou dois anos. Os tucanos apostam que ninguém vai ficar contra a âncora do real.

Em tese
Com a perspectiva de inflação baixa para os próximos meses e a renovação do Fundo Social, os tucanos calculam que o governo teria as condições para ser o melhor cabo eleitoral de 96. E, assim, sossegaria os rompantes do PFL.

Tom de ameaça
Nem tudo é flor no caminho de FHC. O Fundo Social de Emergência, sem o qual o governo não consegue equilibrar-se em 96, pode passar no Congresso e cair no STF. Foi o que Sarney disse ao presidente anteontem no palácio.

O tempo urge
O tempo também corre contra o governo. Pelas contas dos tucanos, as reformas -inclusive o Fundo Social- não entram em votação na Câmara antes do fim de novembro. Sobra um mês para aprovar o Fundo em quatro turnos.

O próximo
Depois das trombadas com o PFL, a cúpula tucana já prevê problemas com o PMDB. Os tucanos avaliam que o novo presidente peemedebista -seja quem for- vai querer "marcar posição" logo de saída. E, para isto, vai atirar.

Oposição à mesa
O PSDB conversa mais com a oposição. Amanhã, na casa do vice-líder Arthur Virgílio, reúnem-se o líder José Aníbal, Miro Teixeira (PDT), Jaques Wagner (PT), Aldo Rebelo (PC do B), Genoino (PT), Sérgio Arouca (PPS) e a esquerda do PSDB.

Animado
Serjão voltou da folga dos feriados de pilha nova. Mais do que nunca, vai se enfiar na articulação política do governo e do PSDB, mirando na eleição de 96. Prevê-se nova trombada com o PFL.

A cobrar
Líder do PSDB na Câmara, José Aníbal diz que a bancada tucana chegará a 87 deputados nos próximos dias. Espera adesões em Goiás, Rio, Roraima e Tocantins.

Mais para frente
A cúpula do PFL procura minimizar a preocupação com um possível bloco parlamentar em 96 que uniria PSDB e PTB. "Isso é coisa para a gente cuidar depois do Natal", diz o vice-presidente pefelista, deputado José Jorge (PE).

Balança do poder
Chefe de gabinete do Ministério da Justiça e amigo de FHC, José Gregori é figura em ascensão no governo. Na avaliação presidencial, saiu-se bem no caso dos desaparecidos políticos. Deve receber novas missões do Planalto.

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