São Paulo, terça-feira, 12 de setembro de 1995
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FHC pode renegociar dívidas estaduais

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente Fernando Henrique Cardoso concorda em renegociar as dívidas dos Estados e promover um alívio financeiro aos governadores, informou ontem o presidente do Congresso, senador José Sarney (PMDB-AP).
A dívida dos Estados, estimada em quase R$ 100 bilhões, foi declarada "impagável" pelos secretários de Fazenda, reunidos na Comissão de Economia do Senado há duas semanas.
No relato que fez ontem da conversa que manteve no domingo com FHC, Sarney contou que o presidente também está preocupado com a má situação financeira dos Estados. A reunião entre ambos foi para dirimir divergências políticas. "O governo está disposto a estudar imediatamente uma solução", resumiu o senador.
Diante do aceno de FHC, Sarney anunciou que o Senado não votará mais nesta semana uma proposta de refinanciamento da dívida por até 30 anos, com juros da poupança, que são de 6% ao ano.
Também ficou adiada a votação do projeto que compromete uma parcela menor do orçamento dos Estados com o pagamento das dívidas. A proposta reduziria o volume de dinheiro que os Estados repassam a cada mês à União.
A Folha apurou que o governo quer negociar caso a caso a dívida dos Estados, em vez de propor um novo esquema de refinanciamento da dívida válido para todo o país.
A última lei de rolagem das dívidas estaduais junto a órgãos do governo foi negociada pelo próprio FHC, quando era ministro da Fazenda, e vigora desde 93.
Os Estados que detém a maior parte da dívida em títulos -São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul- sofreram o impacto da política de juros altos do governo federal.

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