São Paulo, terça-feira, 12 de setembro de 1995
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Cetesb deve renovar rede de estações que medem poluição

DA REPORTAGEM LOCAL

A rede de estações de medição de qualidade do ar da Cetesb deve ser totalmente renovada até o início do próximo ano. A rede atual, de 25 estações -22 na Grande São Paulo e três em Cubatão-, foi instalada em 1981, sem nenhuma alteração desde então.
No domingo, nove estações tiveram qualidade do ar considerada inadequada e uma -localizada em uma área verde, o parque Ibirapuera- teve qualidade má do ar. A Cetesb atribuiu esse índice elevado ao excesso de pessoas circulando. Segundo a administração do parque, 150 mil pessoas estiveram lá anteontem.
Para Jesuíno Romano, gerente da Divisão de Qualidade do Ar da Cetesb, o índice de poluição registrado no domingo no Ibirapuera não reflete a condição do ar em todo o parque.
"Era algo localizado, porque havia muita gente em atividade física próximo à estação de medição, provocando um aumento da poeira em suspensão", afirmou.
Segundo ele, a renovação das estações pode solucionar problemas como esses. Com as novas estações, a Cetesb poderá medir a concentração poluentes que hoje não são medidos. A concentração de óxidos de nitrogênio, que atualmente não é medida, será verificada em 12 estações. A concentração de monóxido de carbono, verificada hoje em cinco estações, passará a ser medida em 12 estações.
Quando a rede foi instalada, as indústrias eram as principais responsáveis pela poluição da cidade de São Paulo. Hoje, essa relação se inverteu. Os veículos são responsáveis por 90% da poluição.
No domingo as estações Centro e Cerqueira César, localizadas na área central da cidade, registraram boa qualidade do ar.

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