São Paulo, quinta-feira, 14 de setembro de 1995
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BC recebe hoje proposta do seguro

DA REPORTAGEM LOCAL

A Febraban entrega hoje ao Banco Central a minuta da proposta de criação do FGC (Fundo de Garantia de Créditos), que deve estar operando em 30 dias. A informação é do diretor da Febraban e vice-presidente do Bradesco, Ageo Silva.
O FGC vai garantir, em caso de quebra de banco, o pagamento de R$ 12 mil por pessoa. O dinheiro pode estar em conta corrente, poupança ou CDB. O limite refere-se à soma dos três.
Segundo Ageo, os R$ 12 mil não são aleatórios. Corresponde a quatro vezes a renda per capita (a parte que caberia a cada pessoa se a produção nacional fosse dividida igualmente), o mesmo percentual garantido pelo fundo similar dos EUA, que paga até US$ 100 mil.
A contribuição dos bancos para o FGC, fixada em 0,15% do total dos depósitos menos o patrimônio líquido, deve redundar, segundo Ageo, em R$ 100 milhões anuais.
A esses recursos devem ser somados outros R$ 800 milhões, hoje depositados no FGDLI (Fundo de Garantia de Depósito em Letras Imobiliárias) e no Recheque (montado com o pagamento das multas pelos emitentes de cheques sem fundo). Esses fundos serão incorporados ao FGC.
Ageo diz que, se o FGC não tiver os recursos necessários para cumprir com a garantia, o fundo tomaria emprestado do BC o equivalente a 20% da contribuição dos bancos (R$ 20 milhões). Para pagar ao BC, o percentual de contribuição subiria de 0,15% para 0,18%.

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