São Paulo, sexta-feira, 15 de setembro de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

FHC transferiu a decisão

CLÓVIS ROSSI
DO ENVIADO ESPECIAL A BRUXELAS

Antes mesmo de o ministro das Comunicações, Sérgio Motta, tomar a decisão de afastar Henrique Hargreaves, o presidente Fernando Henrique Cardoso já havia determinado: problemas no segundo escalão devem ser resolvidos pelos ministros.
A decisão surgiu no episódio José Milton Dallari, o secretário de Acompanhamento Econômico, atingido pelas informações de que sua empresa de consultoria tinha como clientes empresas que poderiam se beneficiar de informações a que Dallari, como membro do governo, tinha acesso.
O caso foi levado pelo Ministério da Fazenda ao Planalto, arrastou-se por alguns dias e irritou o presidente.
Um segundo episódio, quase simultâneo, foi no DNC (Departamento Nacional de Combustíveis), cujo chefe, Paulo Motoki, acabou também se afastando.
A partir daí, o presidente decidiu não assumir mais a responsabilidade por decisões que pertencem à esfera de seus auxiliares.
No caso Hargreaves, o recado acabou sendo dado de público, anteontem, no primeiro dia de sua visita à Bélgica. FHC disse que esperava que o problema não chegasse até ele, porque o ministro deveria tomar as providências.

Texto Anterior: Leia a íntegra da carta
Próximo Texto: Sebrae recebeu R$ 326 milhões
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.