São Paulo, sexta-feira, 15 de setembro de 1995 |
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'Se quiser comer caviar, eu como'
DA SUCURSAL DO RIO O bicheiro Castor de Andrade ficou revoltado com a transferência de cárcere. Exaltado, ele disse, na saída na Polinter, que só entraria no carro para ir até o Ponto Zero se seu médico o acompanhasse.O médico Nélson Senize afirmou que seu paciente sofre de problemas cardíacos e respiratórios. Folha - O que o sr. acha de ser transferido? Castor de Andrade - É uma violência. Sou um advogado. Não temos mordomias. Temos apenas TV, vídeo e som. Estamos próximos da liberdade e estão tentando dificultar isso. Folha - E sobre a comida que era feita especialmente ou comprada fora? Castor - A lei diz que a família ou amigos podem nos trazer comida. Se quiser comer tutu com carne seca desfiada, eu como. Se eu quiser comer caviar, eu como. Folha - A cozinha era realmente bem equipada? Castor - Tinha microondas porque alguns estavam de regime, comiam comida congelada e precisavam do forno para descongelá-la. Folha - E o ar-condicionado nas celas? Castor - Sou doente. Não tem janela na cela. Preciso do aparelho para renovar o ar. Texto Anterior: Bicheiros são transferidos de prisão no Rio Próximo Texto: Novo local tem 'privilégios' Índice |
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