São Paulo, domingo, 17 de setembro de 1995
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Natal pode trazer déficit comercial

DA REPORTAGEM LOCAL

O Natal pode trazer de volta os déficits comerciais (importações maiores que exportações).
Além da pressão exercida pelo maior consumo, que pode aumentar as importações, haverá, segundo os economistas e empresários ouvidos pela Folha, alguma queda do volume de exportações -um movimento natural em todo final de ano.
O comportamento da inflação e do nível de atividade econômica permitiram que o BC (Banco Central) iniciasse este mês a queda das taxas de juros.
Além disso, o BC, que enfrentou uma crise de confiança no sistema bancário após a intervenção no Banco Econômico, tem reduzido os compulsórios. Eles serviam (servem) para diminuir a quantidade de dinheiro disponível nos bancos e que poderia ser emprestada ao setor privado.
O ritmo de queda dos juros e, especialmente, da redução dos compulsórios, porém, começam a preocupar os economistas.
É que se esse alívio for excessivo, somado ao crescimento natural do consumo no final do ano, a economia pode voltar a crescer muito rapidamente.
Os economistas não sugerem uma fórmula acabada e capaz de dosar a retomada do crescimento com a necessidade de manutenção de saldos positivos na balança comercial. Apenas manifestam uma preocupação.
Não há consenso nem sequer sobre a política cambial (relação de preço entre o real e o dólar) a ser seguida. O ex-presidente do BC Ibrahim Eris, por exemplo, defende que se pare de desvalorizar o real.

LEIA MAIS
sobre a balança comercial e câmbio na pág. 5

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