São Paulo, segunda-feira, 18 de setembro de 1995 |
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Escritora aprova indicação
DA REPORTAGEM LOCAL A escritora Lygia Fagundes Telles, 70, é a única autora brasileira viva presente na lista da Fuvest. O outro é português, José Saramago, com "Memorial do Convento".Lygia ficou feliz com a inclusão de seu livro "As Meninas" entre os selecionados pela Fuvest. "A indicação mostra que a obra ainda está viva." O livro também está na relação da Unimep (Universidade Metodista de Piracicaba). O romance, publicado em 1973, é considerado atual pela escritora. Ela acredita que os medos, os sonhos e as aflições dos jovens daquela época são iguais ao vividos pela juventude de hoje. Lygia lembra que, apesar de conter passagens emocionais, o livro é essencialmente político. "A trama se passa durante o período da ditadura militar e a personagem Lia é uma guerrilheira que luta contra o regime", diz. A escritora faz questão de ressaltar essa característica e cita um trecho das observações feitas por Ricardo Ramos, filho de Graciliano Ramos, onde ele diz que "As Meninas" é "nosso primeiro depoimento de tortura". A orelha do livro é do escritor Paulo Emílio Salles Gomes que foi casado com Lygia e é o autor de "Três Mulheres de Três PPPÊS", obra indicada pela Unicamp. Texto Anterior: Fuvest e Unicamp exigem a leitura de 3.709 páginas Próximo Texto: Editoras investem no mercado de vestibular; "Dom Casmurro" é o livro mais pedido em 96; AFOGANDO EM LIVROS; Acadêmicos de SP falam sobre literatura Índice |
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