São Paulo, segunda-feira, 18 de setembro de 1995
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O novo partido

A formação do Partido Progressista Brasileiro, a partir da fusão entre PPR e PP, pode permitir o prognóstico de duas novas circunstâncias no cenário político nacional.
Representando a terceira maior bancada no Congresso, com 85 deputados e 9 senadores, o novo partido permite ao governo, em tese, diminuir sua dependência em relação à atual base de sustentação no Congresso. Resta indagar se, com um perfil aproximadamente semelhante ao da atual base, o PPB permitirá avanços consideráveis nos pontos mais polêmicos das reformas tributária, administrativa, política e previdenciária.
Além disso, com suas pretensões políticas costumeiramente pouco modestas, o prefeito de São Paulo, Paulo Maluf, vê-se agora sustentado, em seus planos futuros, por um novo partido cujas dimensões podem lhe permitir alçar maiores vôos em plano nacional.
Resta ainda observar que uma fusão de legendas, como a que agora se realiza, já está por si só contribuindo, de forma bastante positiva, para um propósito fundamental da reforma política: diminuir o número de pequenos partidos, que normalmente se comportam como avalistas de movimentos oportunistas de migração partidária e nos quais é mais comum a presença da lamentabilíssima figura do cacique político, que tantos estragos já fez neste país.

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