São Paulo, quarta-feira, 20 de setembro de 1995
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Família da vítima quer trazer corpo para o Brasil

DA SUCURSAL DO RIO

Família da vítima quer trazer corpo para o Brasil
Quando Maria Isabel Monteiro foi embora para os EUA, há 17 anos, sua família, no Rio, achou que a mudança era "um sonho de adolescente" e não duraria.
"Ela queria estudar inglês, conhecer o mundo. Era coisa de adolescente que sai de casa para crescer", afirmou a cunhada de Isabel, Martha Molnar.
Ontem, a família de Isabel tentava, sem sucesso, obter do Itamaraty e da polícia nova-iorquina informações sobre as investigações do crime e a remoção do corpo para o Brasil.
"O Itamaraty está sendo atencioso, mas a iniciativa tem sido toda nossa. Queremos saber quando poderemos trazer o corpo de Isabel", disse Martha, mulher do único irmão de Isabel, Antônio.
Martha disse que ligou para o Itamaraty, em Brasília, e a orientação que recebeu foi procurar o Consulado do Brasil em Nova York. Da polícia nova-iorquina disse ter recebido a informação de que o corpo ficaria retido para exames como teste de esperma e pele.
Martha disse não saber quando o corpo poderá vir para o Brasil, mas afirmou que a remoção, calculada em US$ 3.000, terá que ser custeada pela família.
A mãe de Maria Isabel, Lídia Monteiro, desconfiou que algo errado havia acontecido à filha quando não recebeu seu costumeiro telefonema dominical.
Martha Molnar chegou a ver, num telejornal, notícias sobre a morte de uma brasileira no Central Park, mas não desconfiou de nada.
A notícia só foi confirmada na noite de segunda-feira, quando um policial nova-iorquino telefonou avisando que Isabel fora achada.
"Se uma americana tivesse sido morta aqui, haveria um escândalo", afirmou Martha.
Maria Isabel Monteiro era filha de portugueses e nasceu em Portugal. Veio para o Brasil aos 2 anos e, segundo a família, era naturalizada brasileira. A mãe, Lídia, e seu irmão, Antônio, estavam ontem sob efeito de sedativos.

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