São Paulo, quarta-feira, 20 de setembro de 1995
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IGP-M aponta deflação de 0,49% na segunda prévia

FERNANDO PAULINO NETO
DA SUCURSAL DO RIO

Erramos: 28/09/95
A previsão de inflação média mensal de 1,1% representa uma projeção de uma taxa anual de 14,03% e não 26,5%, como foi publicado à pág. 2-3 ( Dinheiro) da edição de 20/9.
A segunda prévia do IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) de setembro voltou a detectar deflação (diminuição de preço na média dos produtos pesquisados).
Desta vez, os preços caíram 0,49%, segundo a FGV (Fundação Getúlio Vargas).
A coleta de preços foi feita pela FGV entre os dias 21 de agosto e 10 de setembro. A comparação é feita com a média de preços entre 21 de julho e 20 de agosto.
A FGV informa que a coleta de preços não é uniforme durante o mês. Portanto, não é possível fazer uma projeção do índice final a partir das prévias.
Na primeira prévia, divulgada dia 12, houve deflação de 0,34%. O IGP-M é medido pela FGV para a Andima (Associação Nacional dos Investidores do Mercado Aberto).
Os preços no atacado (que representam 60% do índice) foram os responsáveis pela queda da média dos preços, caindo 1,04%.
Os bens de consumo caíram 2,93%, enquanto os bens de produção subiram 0,05%. Os preços agrícolas caíram 4,02% no atacado. As maiores quedas foram da cebola (43,65%) e mamão (27,98%). Os preços industriais subiram 0,32% no atacado.
O resultado dos preços agrícolas se deve à continuação das boas condições climáticas.
Os preços ao consumidor (30% do total do índice) subiram 0,17%. Na primeira prévia, havia ficado em 0,13%. No varejo, a maior queda foi dos produtos de vestuário (1,87%).
Os produtos de alimentação, que caíram para o atacado, observaram o mesmo movimento no varejo. Houve redução de preços de 1,52%, o que já havia acontecido na primeira prévia (1,21%).
O INCC (Índice Nacional do Custo da Construção), que responde por 10% do IGP-M, cresceu 0,35%. Mão-de-obra subiu 0,25%, e materiais de construção, 0,45%.
Orçamento
O governo prevê inflação média mensal de 1,1% em 96, o que representa taxa anual de 26,5%. Essa é a previsão utilizada para prever a receita de impostos federais no Orçamento do ano que vem.
O governo utiliza um índice menor do que prevê para evitar que o mercado financeiro use a projeção oficial como indexador.

Colaborou a Sucursal de Brasília

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