São Paulo, quarta-feira, 20 de setembro de 1995
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Favoritismo total

THALES DE MENEZES

O assunto da semana só pode ser a disputa das semifinais da Copa Davis, que começam na próxima sexta-feira. Em Las Vegas, os EUA recebem a Suécia. Em Moscou, Rússia e Alemanha decidem a outra vaga na final.
Existem favoritos? EUA, claro. Como já eram no ano passado. E em 1994, 93, 92...
Ninguém em seu juízo perfeito questiona a superioridade dos norte-americanos neste esporte. Principalmente quando os dois melhores jogadores do mundo resolvem defender sua equipe.
Andre Agassi e Pete Sampras querem o título da Davis. No ano passado, os EUA foram eliminados nas semifinais pelos mesmos suecos que irão enfrentar agora.
Essa calamidade esportiva só aconteceu porque Sampras se contundiu e abandonou o jogo final.
Agassi e Sampras têm motivos particulares para levá-los à vitória. Agassi nasceu em Las Vegas e ainda mora na cidade. Quer dedicar o triunfo ao público, em especial a namorada Brooke Shields.
Sampras quer o título para dedicar a conquista a Tim Gullikson, seu ex-treinador, que ainda se recupera de dois derrames sofridos este ano. O irmão gêmeo de Tim, Tom Gullikson, é o capitão da equipe dos EUA.
Os norte-americanos não precisariam de nenhuma ajuda para superar a Suécia, mas a sorte está do lado deles. Nada menos que seis jogadores suecos se contundiram nas últimas semanas, deixando o capitão Carl Axel Hageskog com uma equipe muito debilitada.
Magnus Larsson, Magnus Gustafsson, Jan Appel, Nicklas Kulti, Christian Bergstroem e Mikael Pernfors estão na enfermaria.
Com isso, a equipe convocou o veterano Mats Wilander. No entanto, Stefan Edberg e Thomas Enqvist jogarão as simples.
Que chances eles têm de vencer os EUA em Las Vegas? As mesmas que o União São João tem de vencer o Campeonato Brasileiro.
No outro confronto, a Alemanha vai com tudo para cima dos russos. Depois de muitas brigas e reconciliações, Boris Becker e Michael Stich unem forças.
No lado russo, só uma chance: o furacão loiro Yevgeny Kafelnikof tem que ganhar as duas partidas de simples e ajudar nas duplas.
Não é impossível, já que ele carregou a equipe nas costas no ano passado, quando a Rússia só perdeu na final para a Suécia.
Com o apoio da torcida de Moscou, há equilíbrio na disputa. Eles vão dar duro para ver quem será o vice-campeão da Copa Davis 95.

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