São Paulo, quinta-feira, 21 de setembro de 1995
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Barrichello acerta a sua permanência na Jordan

DA REPORTAGEM LOCAL; COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Nem Ferrari, nem McLaren. A equipe Jordan anuncia hoje, em Estoril, Portugal, que Rubens Barrichello segue como seu piloto na temporada de 96 da F-1.
Com o comunicado, acaba a novela da transferência do brasileiro para um time de ponta da categoria. O piloto segue correndo por uma escuderia de porte médio.
Primeiro, Barrichello foi surpreendido pela contratação de Gerhard Berger para ser companheiro de equipe de Jean Alesi na Benetton no ano que vem.
O brasileiro se achava forte candidato à vaga remanescente na escuderia de Flavio Briatore.
Depois, foi cotado pela Ferrari, mas o alemão Michael Schumacher, futuro piloto da equipe italiana, vetou seu nome.
Além disso, Barrichello teria de abrir mão de muitos de seus patrocinadores pessoais.
O contrato com a Ferrari lhe daria pouco espaço no carro e no macacão para expor os seus apoiadores. Ou seja, a transferência para a Ferrari significaria perder dinheiro para ficar na sombra de Schumacher.
O próprio Barrichello temia ser ofuscado pelo alemão, como aconteceu com o atual companheiro de Schumacher, o inglês Johnny Herbert, neste ano, na Benetton.
Ainda sem segundo piloto para 96, a Ferrari decidiu testar cinco italianos na semana que vem (leia texto abaixo).
O anúncio de hoje também mostra que a pressão de Eddie Jordan, dono da escuderia que leva seu nome, para que o brasileiro resolvesse logo seu futuro fez efeito.
Barrichello preferia esperar a definição do futuro do escocês David Coulthard e do francês Alain Prost para saber se haveria uma vaga para si na McLaren.
Com o risco de perder até mesmo a vaga na Jordan, o corredor optou, nos últimos dias, por renovar seu contrato.
Com isso, Barrichello realizará sua quarta temporada no time de Eddie Jordan, no qual estreou no ano de 93.
Sua melhor campanha na equipe foi no ano passado, quando terminou o campeonato da F-1 em sexto lugar, com 19 pontos.
No mesmo ano, conquistou sua primeira -e única- pole position, no GP da Bélgica.
E, também, seu primeiro pódio, ao chegar em terceiro no GP do Pacífico, no Japão.
O brasileiro e seu empresário, Geraldo Rodrigues, foram procurados pela reportagem da Folha, mas não foram encontrados.
Segundo a assessoria do piloto em São Paulo, os dois participavam, na tarde de ontem, de um evento da fábrica de motores Peugeot, fornecedora da Jordan, em Paris, na França.
Em seguida, iriam viajar para o Estoril.
Homenagem
A cidade do Estoril, em Portugal, onde será realizada a 13ª etapa da F-1 no próximo final de semana, vai inaugurar, hoje, uma praça com o nome do brasileiro Ayrton Senna.
Durante a cerimônia de inauguração, será apresentado um esboço de uma estátua do tricampeão da F-1 que será erguida na praça.
O escultor português Leonel Moura será o autor da peça em homenagem ao brasileiro, morto em acidente em maio do ano passado.

*Com agências internacionais

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