São Paulo, quinta-feira, 21 de setembro de 1995 |
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E ontem foi dia da dança das camisas
MATINAS SUZUKI JR.
O alvinegro mudou um pouco mais tarde: no intervalo do primeiro para o segundo tempo. Vestia o traje novo, aquele para os dias de gala, mas, em campo, ele se parecia demais com a roupa do Vitória. Além disso, os dois times estavam de calção e meias pretos. Em Porto Alegre, apesar do desenho mais moderno da camisa do Grêmio, ele e o Racing, à distância e pela televisão, praticamente usavam o mesmo uniforme. O time gaúcho, antes do início da partida, passou a envergar um esporádico calção branco e as meias pretas. Esta coluna insiste nesse ponto fundamental para o espetáculo -item, aliás, desprezado pelos clubes, pelas arbitragens e até pela imprensa: camisas, calções e meias não podem ser da mesma cor em um jogo de futebol. Não pode calção branco X calção branco, calção preto X calção preto, meias brancas X meias brancas, meias pretas X meias pretas. Não pode, mesmo. Estou plenamente de acordo com os novos uniformes que surgem por aí (até o modelo dark usado pelo Botafogo), porque eles fazem do futebol uma nova festa. Mas respeito com a visibilidade do jogo é bom e eu gosto. Muito. O Palmeiras decolou. Ontem, nem precisou jogar muito para consolidar a sua sexta vitória em oito jogos. Futebol é triste sem torcida. É mais triste ainda com mortes na galera. As chamadas torcidas organizadas estão promovendo um boicote, para ver até quando a estrutura podre do futebol vai aguentar sem elas. Insisto no mesmo toque: só um futebol incompetente depende da reserva de mercado das torcidas organizadas. Se o futebol não conseguir gerar público espontâneo, atraído apenas pelo desejo de ver um bom jogo, ele nem precisará do assassinato em série da violência. Ele morrerá sozinho. O futebol espanhol -que continua bem ranqueado pela Fifa, se bem que o ranking...- está realmente em evolução. Não consegui assistir ao jogo inteiro, ontem, mas a seleção da Espanha obteve uma boa vitória sobre a seleção da Argentina, por 2 x 1. Apesar de o jogo de ontem ter sido apenas um amistoso, preparatório para os dois times (Olimpíada, Argentina, Copa Européia, Espanha), desconfio de que a situação do técnico argentino Daniel Passarella não é, digamos, confortável. Atenção, galera: depois do rasante no estúdio do Prince, que rendeu bela bolacha, o rei da magnética Jorge Ben Jor voltou aos estúdios. Para animar a festa. O Goiás empatou com o Inter, em Porto Alegre. Faz ótima campanha no B. Mas o Nense... Texto Anterior: Time perde Mancuso e Amaral Próximo Texto: Corinthians derrota Vitória e se reabilita Índice |
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