São Paulo, quinta-feira, 21 de setembro de 1995 |
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Estúdio da Vera Cruz deve voltar a funcionar
ANA FRANCISCA PONZIO
O bailarino francês Jean-Yves Lormeau assume a partir de janeiro de 96 a coordenação do Ballet do Rio O Ballet do Teatro Municipal do Rio segue o exemplo do Ballet da Ópera de Paris que, em 1983, para recuperar a expressão perdida, nomeou Rudolf Nureyev como diretor artístico. Embora não seja exatamente uma lenda como Nureyev, o bailarino francês Jean-Yves Lormeau, que a partir de janeiro de 1996 será o novo diretor do Ballet do Rio, promete mudar os rumos da companhia carioca. Convidado por Emílio Kalil, diretor do Teatro Municipal do Rio, Lormeau apresentou seus planos à imprensa na última terça-feira. Estrela do Ballet da Ópera de Paris desde 1981, Lormeau não quer cuidar apenas da programação de espetáculos do corpo de baile do Rio, mas ampliar o nível de informação do elenco através de atividades didáticas. Para isso, pretende fazer do Teatro Municipal do Rio um centro de intercâmbio com grandes companhias estrangeiras e também com professores de renome internacional, que serão permanentemente convidados. Lormeau tem prestígio para tanto. Durante sua carreira, trabalhou com os maiores coreógrafos da atualidade, dançou quase todos os balés do repertório clássico e, hoje, tem contatos suficientes para desviar bons projetos para o Rio. Fora isto, a vinculação de seu nome ao Ballet do Teatro Municipal do Rio, pode conquistar bons patrocínios. Além de cultivar obras clássicas, Lormeau vai expandir o repertório contemporâneo. Seus planos são ambiciosos. No decorrer das temporadas anuais, ele pretende estrear 11 programas diferentes. Coreógrafos contemporâneos de primeira linha devem conviver com o elenco do Rio. "A idéia é convidar coreógrafos para períodos de residência de até um semestre. Não descarto, por exemplo, uma experiência dessas com nomes como Pina Bausch." Estas atividades de objetivo também didático, podem ser extensivas a bailarinos selecionados de todo o Brasil. Entre os coreógrafos que trabalharão com o Ballet do Rio em 96 estão o norte-americano Lar Lubovitch e os franceses Roland petit e Anjelin Preljocaj. Para 1996, estão previstas as vindas de Maguy Marin e Jiri Kylian. Segundo Kalil, as atividades pedagógicas são o primeiro passo para a futura Escola Brasileira de Artes Integradas. Texto Anterior: Estúdio da Vera Cruz deve voltar a funcionar Próximo Texto: Caridade é dever do homem Índice |
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