São Paulo, quinta-feira, 21 de setembro de 1995 |
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Ex-editor se diz arrependido
CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
Entre as páginas 421 e 423 do livro, Bradlee descreve como ele e seus colegas de outros quatro importantes diários do país lidaram com a exigência de terroristas croatas que haviam sequestrado um avião. "A verdade é que nenhum de nós teve estômago para ler no dia seguinte a manchete sobre como sequestradores matam 62 americanos depois que editores se recusam a publicar documento", escreve. Naquele caso, como no do Unabomber, a polícia federal dos EUA recomendou aos jornais que publicassem o manifesto. "A idéia de qualquer um -o presidente dos EUA, o diretor da polícia federal, o anunciante, minha mulher ou um leitor irado- me dizer o que eu devo ou não colocar no jornal é inconcebível para mim", diz Bradlee. Bradlee, que dirigiu o "Post" no período de 1965 a 1991, afirma que no caso dos croatas seguiu as instruções "manso como um carneiro" mas que isso ocorreu apenas uma vez. "Não sei se aconteceria de novo". (CELS) Texto Anterior: Avião desviado para Israel retorna ao Irã Próximo Texto: Clinton quer horário para TV educativa Índice |
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