São Paulo, sábado, 23 de setembro de 1995
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Filho de ACM vai ao hospital

DA REPORTAGEM LOCAL

Protagonista dos principais atritos com o PFL no governo Fernando Henrique Cardoso, o ministro Sérgio Motta (Comunicações) recebeu ontem a solidariedade do senador Antônio Carlos Magalhães, um dos maiores líderes pefelistas.
Motta, 54, será submetido hoje a cirurgia para implantação de pontes de safena e de mamária no coração.
A mulher de Motta, Wilma, recebeu o presidente da Câmara, Luís Eduardo, filho de ACM, ontem pela manhã no hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde o ministro está internado. "Trouxe um abraço do senador (ACM), que deseja toda sorte na cirurgia", disse Luís Eduardo ao final do encontro, que durou uma hora.
Ao comentar uma brincadeira feita por Motta anteontem -de que não gostaria de ser operado por um médico aliado do PFL-, Luís Eduardo respondeu, também com humor: "Se fosse comigo eu não escolheria um médico do PSDB".
Além de Luís Eduardo, a família de Motta recebeu o líder do PMDB na Câmara, deputado Michel Temer, e o secretário estadual de Meio Ambiente, Fábio Feldmann. Motta está impedido de receber visitas.
Por volta das 12h, o cardiologista Bernardino Tranchesi Jr, que tem acompanhado Motta, recebeu um telefonema do presidente Fernando Henrique Cardoso. FHC conversou com Motta pelo celular do médico.
Eles conversaram por cinco minutos. O ministro relatou ao presidente como foi o infarto e disse que agora se sentia bem.
Segundo Tranchesi, Motta está calmo, passou bem a madrugada de ontem e apresenta condições clínicas estáveis. Ontem à noite, ele ouviu música.
O ministro dos Esportes, Pelé, também telefonou. Segundo os médicos, ele disse: "Não posso perder meu centroavante". Tranchesi disse que Motta ficaria em jejum a partir de 24h e seria acordado hoje às 5h para se preparar para a cirurgia.
Jatene
Em Brasília, o ministro do Planejamento, José Serra, disse, em nome da família de Motta, que em nenhum momento ele pediu para não ser operado por Jatene.
Segundo Serra, Motta chegou, ao contrário, a manifestar sua preferência em ser operado pelo ministro da Saúde. Mas, como ele não faz parte da equipe do hospital Albert Einstein, isso não foi possível. Jatene ficou muito irritado quando foi perguntado sobre o assunto e encerrou uma entrevista coletiva que concedia em Osasco.

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