São Paulo, sábado, 23 de setembro de 1995
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Movimento na ponte aérea Rio-SP cresce 18%

EDUARDO BELO
ENVIADO ESPECIAL AO RIO

Se existe recessão, não é na ponte aérea Rio-São Paulo. De janeiro a agosto deste ano, o número de passageiros cresceu 18% em relação ao mesmo período de 1994. Os demais vôos domésticos cresceram só 10%. A ponte aérea responde por 7% do movimento interno de passageiros.
Mesmo agosto sendo considerado mês de movimento fraco pelo setor, a ponte transportou 147,7 mil pessoas no mês passado, o maior volume em dois anos.
O volume transportado aumentou em todos os meses deste ano, em taxas nunca inferiores a 11,5% sobre igual período de 94.
A taxa de ocupação dos vôos também cresceu. Era de 62% em 1994. Está em 68%, a despeito de o número de vôos diários ter subido de 26 para 30 (de segunda a sexta-feira) em dezembro passado.
"Isso é sinal de que as finanças do país vão bem", comenta Luiz Fernando Siqueira, gerente-geral da ponte aérea. "Os executivos -principais usuários- viajam principalmente no eixo Rio-SP. Se eles deixam de viajar é porque as coisas não vão bem." Ele atribui o resultado à estabilidade financeira e ao preço da passagem -R$ 136, desde abril de 94.
Siqueira acredita que a ponte vai contabilizar 1,5 milhão de passageiros neste ano, retomando os níveis de 1991 e 1992.
Criada em 1959, a ponte opera com aviões Boeing 737-300 desde 1992, quando se formou o "pool" liderado pela Varig (50%) e do qual participam também Vasp (30%) e Transbrasil (20%).
Não há pressão por reajuste de tarifa, apesar de o valor não mudar desde abril do ano passado e de as empresas terem enfrentado, desde então, aumento de custos operacionais e de mão-de-obra (reajuste de 22% em dezembro passado).
Segundo Ramiro Tojal, presidente do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea), a defasagem de preços nas passagens em geral hoje é de 12%.

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