São Paulo, sábado, 23 de setembro de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Hortência e Oscar viram 'cartolas' do basquete

MÁRIO MAGALHÃES
DA SUCURSAL DO RIO

O jogador Oscar e a ex-jogadora Hortência foram nomeados ontem, no Rio, diretores da Confederação Brasileira de Basquete. Oscar é o novo diretor de relações públicas da entidade. Hortência dirigirá o departamento de seleções feminino.
Será a executiva que supervisionará a preparação da seleção que disputará a Olimpíada de Atlanta.
"Estamos abrindo uma nova fase do basquete brasileiro", afirmou Hortência. Grávida, ela diz que descarta voltar a jogar.
"Serei mais útil fora da quadra. Não vou dizer ao técnico da seleção (Miguel Ângelo da Luz) o que ele tem que fazer na quadra. Quero que ele me diga o que precisa na preparação para Atlanta-96."
"Nunca ouvi falar de uma iniciativa assim", disse Oscar, principal jogador da seleção brasileira.
"O presidente da CBB (Renato Brito Cunha) saiu da sala e deixou dois atletas falando pela entidade. No Brasil, nunca se ouviu a opinião dos jogadores."
Hortência já tem experiência como dirigente: é a gerente de esportes do clube Seara-Paulínia. Oscar é jogador do Corinthians.
Oscar e Hortência não serão remunerados para exercer a função de dirigentes, de acordo com a entidade. Trabalharão de graça.
A nomeação dos dois maiores ídolos do basquete nacional integra um esforço da CBB para financiar a delegação que vai a Atlanta e para avançar na popularização do basquete no país.
A CBB contratou a empresa Sportlink, do publicitário João Henrique Areias, para desenvolver um programa de marketing.
Em dois meses, neste ano, Areias conseguiu seis patrocinadores para o Fluminense. Ele é o responsável pelos contratos de publicidade do jogador de futebol Sávio, do Flamengo.
A CBB quer vender quatro cotas de patrocínio para a Liga Nacional-96 (masculina) e para as seleções olímpicas. O contrato com a Caixa Econômica Federal termina em dezembro próximo.
Oscar e Hortência vão procurar empresários junto com Areias.
"Sem patrocínio e televisão, não se faz esporte profissional no Brasil", disse o publicitário.
"Vamos fazer o que o vôlei já faz há cinco anos", afirmou Renato Brito Cunha.
No primeiro semestre do ano que vem, será realizada a Liga Nacional, provavelmente com 12 clubes (seis de SP, um de RJ, SC, MG, RS e PR e outro a definir).
Na semana que vem, deve ser anunciada a emissora de TV que transmitirá o evento.
"Não nos interessa ver nos jornais três páginas de futebol e uma notinha para nós", disse Oscar.

Texto Anterior: Estádio da Portuguesa é liberado pelo Contru
Próximo Texto: Sai plano de treinos
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.