São Paulo, domingo, 24 de setembro de 1995
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Criminalidade teve menor índice em 25 anos

DANIELA FALCÃO
DE NOVA YORK

A taxa de criminalidade em Nova York atingiu no primeiro semestre de 1995 o índice mais baixo em 25 anos.
Em comparação a 93, os assassinatos diminuíram 37% e os roubos, 31%. A cidade vivia um clima de euforia com as notícias de "paz social" até a morte da brasileira Maria Isabel Monteiro Alves, no domingo passado.
O fato de o crime ter acontecido no Central Park, considerado um dos lugares mais bem policiados da cidade, contribuiu para aumentar o pânico da população.
O prefeito de Nova York, Rudolph Giuliani, admitiu na sexta-feira que essa é a maior caçada policial de sua gestão.
"Qualquer crime no Central Park contra uma pessoa como parecia ser Maria Isabel compromete a moral da cidade porque as pessoas se sentem inseguras. Isso faz com que a captura desse assassino seja uma questão prioritária para a polícia", disse Giuliani.
Nos últimos seis anos, três mulheres foram assassinadas no Central Park em circunstâncias muito semelhantes às da morte de Maria Isabel.
Em 1994, foram registrados cinco estupros no parque e um assassinato.
Cheryl Newbold, na época com 31 anos e grávida de dois meses, foi estuprada, espancada e estrangulada até morrer. Acusado pelo crime, Andre Foreman foi preso uma semana depois.
Em 1989, o assassinato de uma bancária de 31 anos por seis adolescentes de uma gangue formada por hispânicos e negros provocou polêmica na cidade.
Como Maria Isabel, a bancária era corredora assídua. Ela foi estuprada pelos seis acusados e espancada até a morte.
Seu corpo foi encontrado a 300 metros do lago onde Maria Isabel foi morta.
O julgamento da gangue dividiu a população de Nova York. Enquanto muitos defendiam prisão perpétua para todos os membros, outros achavam que a pena era muito severa e que os adolescentes estavam sendo vítima de racismo porque eles eram negros e hispânicos e ela, branca.
O outro crime violento aconteceu em outubro de 1987. Robert Chambers, na época com 21 anos, foi acusado de matar por estrangulamento a estudante Jennifer Levin, 18.
Chambers se defendeu dizendo que havia matado Jennifer "acidentalmente, durante relação sexual.
(DF)

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