São Paulo, domingo, 24 de setembro de 1995
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Semana é decisiva para os fundos

JOÃO CARLOS DE OLIVEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Termina nesta sexta-feira, dia 29, o prazo para que o investidor -empresa ou pessoa física- aplique seus recursos nos atuais fundos de investimento.
A partir de outubro, somente os novos, batizados de FIFs (Fundos de Investimento Financeiro), poderão receber depósitos.
O dinheiro aplicado até a próxima sexta-feira carrega uma vantagem mesmo depois de outubro: poderá ser sacado dentro das regras atuais a qualquer momento, sem um prazo final para isso.
No caso dos fundos de commodities, os mais atraentes, passada a carência inicial de 30 dias a liquidez passa a ser diária sem perda de rendimento.
Mas ficar com o dinheiro rendendo com boa rentabilidade, porém disponível para o saque a qualquer dia, será coisa do passado, caso as mudanças arquitetadas pelo Banco Central dêem certo.
O objetivo central das mudanças é separar, via rentabilidade, o que é dinheiro para ser gasto no curto prazo do que é investimento.
Mesmo que os juros permanecessem no patamar atual, o rendimento das aplicações de curto prazo (até 30 dias) cairia.
O novo FIF de curto prazo, que permite saque diário, rende menos do que os atuais, como o FAF, porque de cada R$ 100 aplicados R$ 40 vão ficar depositados no BC sem qualquer remuneração.
Enquanto o atual fundo de curto prazo paga uma taxa mensal próxima de 67% do CDI (o juro pago nos negócios diários entre bancos), o novo vai render 48%. Com compulsório de 5%, o novo fundo de 30 dias também perde do atual.

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sobre fundos de investimento na pág. 2-4

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