São Paulo, segunda-feira, 25 de setembro de 1995
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Juro faz partidos pressionarem governo

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo não vai se curvar, na condução da política econômica, às pressões populistas. A avaliação foi feita por assessores do Palácio do Planalto, ao analisarem as críticas contra a política do ministro Pedro Malan (Fazenda).
Segundo assessores do presidente Fernando Henrique Cardoso, o governo não pretende ceder às reivindicações pela queda das taxas de juros de forma abrupta nos próximos meses.
Para o Planalto, a equipe econômica já está promovendo uma queda gradual nos juros, o que deve se refletir na economia nos últimos três meses do ano.
A pressão sobre Malan, que antes estava restrita a setores do governo, começa, agora, ganhar espaço dentro do Congresso Nacional. Partidos aliados, como PSDB e PFL, avaliam a atual política econômica como recessiva.
Segundo eles, esta política pode ser usada pela oposição na campanha municipal do próximo ano para criticar o governo.
Tanto PSDB e PFL consideram fundamental um bom desempenho nas eleições do próximo ano para seus planos visando a sucessão presidencial.
O ministro vai testar, nesta semana, seu prestígio junto aos parlamentares. Na quinta-feira ele participa, no Congresso. de uma audiência pública conjunta de cinco comissões.
Malan tem afirmado que não se pode dizer que a inflação já está totalmente dominada, como vêm alardeando os que defendem uma mudança nos juros elevados e na contenção do crédito. Mas acredita que os últimos números da economia jogam a seu favor.
Segundo ele, as vendas vão crescer no final do ano, revertendo o cenário de desemprego crescente e de queda no consumo.

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