São Paulo, segunda-feira, 25 de setembro de 1995
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Pesquise na hora de comprar objeto usado

DANIELA FERNANDES
ESPECIAL PARA A FOLHA

Comprar objetos usados é uma boa alternativa para quem quer pagar mais barato ou procura mercadorias diferenciadas, além daquelas que não são mais fabricadas.
O consumidor precisa, no entanto, estar atento a alguns procedimentos no momento de adquirir produtos de segunda mão, sob risco de arcar com prejuízos.
Em São Paulo, há muitas ofertas de móveis, roupas, eletrodomésticos, aparelhos eletrônicos, carros, publicações e outros produtos usados.
Por isso, pesquisar preços é fundamental, já que eles podem variar bastante de uma loja para outra.
Verificar com atenção o estado geral do produto também é importante, diz Rosana Nelsen, 31, supervisora da área de produtos do Procon (Coordenadoria de Proteção e Defesa do Consumidor).
Como no mercado de usados é difícil achar um produto similar para troca, o consumidor precisa checar o estado da mercadoria e, se for o caso, testá-la na loja para evitar uma eventual devolução.
Tudo o que foi afirmado pelo lojista deve constar por escrito na nota fiscal -se o produto tem garantia suplementar à garantia legal de três meses, se o objeto se encontra em perfeitas condições, etc.-, afirma Rosana.
No caso da compra de eletrodomésticos e de aparelhos eletrônicos, o consumidor deve levar em consideração o ano de fabricação e a série do produto, além de verificar se existem peças de reposição e quais os serviços de assistência técnica ele pode procurar.
"O comprador deve obter o máximo de informações e fazer constá-las na nota fiscal", recomenda.
O assistente administrativo Wagner Lago, 42, comprou uma máquina usada de lavar roupa há um ano, uma televisão e um videocassete, também usados, há cerca de duas semanas.
Lago diz que sempre verifica o estado do aparelho, qual a garantia oferecida e se a loja oferece facilidades de pagamento. A principal vantagem dos objetos usados é, para ele, o preço.
"Não tive problemas com os produtos, que foram pouco usados. Não vejo nenhuma desvantagem em comprar objetos de segunda mão", afirma Lago.
Sua mulher, Regina Rico, 37, é professora e sempre compra livros usados em lojas especializadas. Ela diz que verifica sempre se o livro está em bom estado e se não tem traças.
A diferença de preço entre livros novos e usados pode chegar, segundo Regina, a 70%. Regina afirma que pode comprar em sebos (livraria de publicações usadas) livros difíceis de serem encontrados no mercado.
O Procon orienta não aceitar nota fiscal discriminando "mercadoria no estado", porque o termo não especifica qual é o estado geral do produto.

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