São Paulo, terça-feira, 26 de setembro de 1995
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Livro mostra acervo e história tortuosa

MARA GAMA
DA REDAÇÃO

Mudança de sede, extinção e perda de acervo fazem parte da trajetória conturbada do MAM de São Paulo, desde sua fundação, em 1948.
Ao longo dessa história, o museu foi responsável pelo surgimento da Bienal Internacional (em 1951) e da Cinemateca Brasileira (em 1956), frutos da iniciativa de popularizar a arte moderna.
Era esse o lema do grupo de intelectuais e artistas que participou da gênese da idéia do museu e que ora enfrentou e ora usufruiu do personalismo do criador do MAM, Francisco Matarazzo Sobrinho (1898-1977), o Cicillo.
O livro "Museu de Arte Moderna", da pesquisadora Vera D'Horta (editora DBA, preço ainda não definido, 168 págs.), que será lançado no dia 24 de outubro, relata como o museu, fundado sob inspiração e com o auxílio do Museu de Arte Moderna de Nova York, foi tomando forma e adquirindo uma "vocação didática".
Com tiragem de 5 mil exemplares, o livro traz reproduções coloridas das obras do acervo.
O livro conta também como, por insistência do consultor Carleton Spregue Smith, do MoMA, o MAM se constituiu como sociedade civil com a participação de artistas, intelectuais e empresários, numa clara tentativa de salvar o museu dos humores de Cicillo.
Iniciativa que se mostraria visionária, mas não eficaz: Cicillo conseguiria extinguir o museu, em 1963, depois de garantir a autonomia da Fundação Bienal.
Depois de passar por várias sedes e perder seu acervo para a Universidade de São Paulo -ato decorrente da extinção de 1963- o MAM voltou ao Ibirapuera em 1969, ano em que aconteceu o primeiro Panorama da Arte Atual Brasileira.
Atualmente, o MAM tem cerca de 2 mil peças em seu acervo, com obras que vão dos anos 20 até hoje. Uma exposição com os destaques do acervo acompanha o lançamento do livro.

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