São Paulo, terça-feira, 2 de janeiro de 1996
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BB efetua cobrança indevida de agricultores

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Algumas agências do Banco do Brasil estão cobrando 2% para liberar os financiamentos do Proger Rural (Programa de Geração de Emprego e Renda).
A cobrança é irregular, uma vez que o Proger é sustentado com recursos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) para estimular a criação de novos empregos.
O programa é dirigido a famílias cuja renda é originária do trabalho na agricultura. No ano passado, o FAT autorizou a aplicação de R$ 1 bilhão (aproximadamente um terço do que se estima gastar com a despoluição do rio Tietê, em São Paulo) para o Proger.
O BB, presidido por Paulo César Ximenes, é apenas o agente repassador dos recursos.
Os financiamentos são para custeio e investimento na produção rural, com taxas de juros abaixo das do mercado.
Os 2% são cobrados em cima das parcelas liberadas pelo banco a título de despesa operacional. Eles eram debitados automaticamente da conta do correntista.
A denúncia da irregularidade foi feita à Folha por agricultores que estranharam a cobrança.
Mal-entendido
Eles pediram para não ser identificados, por temer retaliações dos gerentes das agências.
A assessoria de imprensa do BB reconheceu que a cobrança é indevida e informou que ela está sendo feita somente por algumas agências. O banco esclareceu que as instruções repassadas pela diretoria não foram cumpridas adequadamente.
A assessoria afirmou ainda que novas orientações já estão sendo encaminhadas às agências. Os assessores disseram acreditar que não haja má-fé dos funcionários do banco.

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