São Paulo, terça-feira, 2 de janeiro de 1996
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Entenda como funciona o PAS

DA REPORTAGEM LOCAL

O PAS (Plano de Atendimento à Saúde), aprovada pela Câmara Municipal no segundo semestre do ano passado, prevê a transferência dos hospitais da prefeitura para cooperativas formadas por médicos e funcionários licenciados do serviço público municipal.
Os médicos que não aderirem às cooperativas serão removidos para algumas unidades da prefeitura que continuarão atendendo pelo SUS (Sistema Único de Saúde).
Só as pessoas que comprovarem residência em São Paulo poderão ser atendidas pelo PAS, com exceção dos casos de emergência.
Para cada morador cadastrado, a cooperativa receberá R$ 10,00 por mês. Uma cooperativa com 100 mil cadastrados, portanto, teria um faturamento mensal de R$ 1 milhão.
Com esse dinheiro, a cooperativa tem de arcar com os custos de manutenção do hospital e comprar os remédios. O que sobrar será rateado entre os cooperados.
As entidades médicas se opõem ao PAS porque ele, ao contrário do SUS, limitaria o acesso universal à saúde e seria o primeiro passo para a privatização do sistema.
Na semana passada, a prefeitura entrou na Justiça contra o CRM (Conselho Regional de Medicina), que estaria prejudicando o "andamento do serviço público".

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