São Paulo, terça-feira, 2 de janeiro de 1996
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Associação de torcidas faz apelo por perdão

ARNALDO RIBEIRO
DA REPORTAGEM LOCAL

As torcidas organizadas dos principais clubes de São Paulo fazem um apelo ao presidente da Federação Paulista de Futebol, Eduardo José Farah, para voltar aos estádios em 1996.
"Já deu para aprender a lição. Estamos prontos para voltar. Hoje, reina um ambiente familiar entre as torcidas. Não haverá mais brigas", disse o presidente da Associação das Torcidas Organizadas de São Paulo (Atoesp), Cosme Damião Freitas Cid.
"As organizadas estão fazendo falta. Família não enche estádio. Além disso, os sócios nos procuram hoje com outra mentalidade. Eles não querem mais brigas", disse Marcos Fábio Freitas, vice-presidente da Independente, do São Paulo.
Cid, que também é presidente da Torcida Jovem, do Santos, disse que a posição da Atoesp da volta das torcidas tem o apoio de diretores de clubes e de vereadores paulistanos.
Durante o último Campeonato Brasileiro, dirigentes e jogadores do Corinthians chegaram a dizer que estavam "sentindo falta" do apoio de sua principal torcida organizada, a Gaviões da Fiel.
"Muitas pessoas perceberam que, sem as torcidas, os estádios se tornaram velórios. Não há mais festa e o público diminuiu muito", disse Cid.
Segundo o presidente da Atoesp, nenhuma manifestação das torcidas está programada para o início deste ano.
Após o afastamento das organizadas, a Atoesp chegou a promover passeatas pela cidade, em forma de protesto.
"A poeira baixou. Agora estamos esperando, pacientemente e com otimismo, o pronunciamento da Federação Paulista", afirmou Cid.
(AR)

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