São Paulo, quarta-feira, 3 de janeiro de 1996 |
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Jatene descentraliza recursos
SÔNIA MOSSRI
O secretário-executivo do Ministério da Saúde, José Carlos Seixas, disse à Folha que a administração pelos municípios do pagamento das internações hospitalares e dos atendimentos reduz os custos e as fraudes. Atualmente, os hospitais enviam para o Ministério da Saúde os documentos solicitando ressarcimento dos atendimentos ambulatoriais e das AIHs (Autorização de Internação Hospitalar), que consomem mensalmente cerca de R$ 750 milhões. Isso dá margem a fraudes, como a cobrança de intervenções cirúrgicas ou outros procedimentos médicos que não foram efetivamente realizados. Os convênios exigem que cada município crie um sistema de auditoria, supervisionado pelo governo estadual. Hoje, o Ministério da Saúde conta com pouco mais de 300 auditores para uma rede de 6.000 hospitais. Nos 60 municípios que já estão operando com o novo modelo do SUS, foi registrada uma média de 20% de redução com internações e atendimentos ambulatoriais em relação ao antigo sistema. A diminuição de gastos permitirá redirecionar recursos para áreas mais carentes. Mau uso A equipe do ministro da Fazenda, Pedro Malan, avalia que o problema da saúde pública não é de falta de verbas, mas o mau uso do dinheiro. Seixas discorda. Para 96, o Orçamento prevê R$ 9,8 bilhões para o atendimento médico por intermédio do SUS. Se o modelo descentralizado estivesse implementado nos 5.000 municípios brasileiros neste ano, o Ministério da Saúde calcula que haveria mais R$ 1,9 bilhão para assistência médica e hospitalar custeada pelo governo federal. Texto Anterior: Distorções no Orçamento lesam área social Próximo Texto: Relator pretende regular emendas "paroquiais" Índice |
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