São Paulo, quarta-feira, 3 de janeiro de 1996
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Membros do Hamas deixam pleito

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Três membros do grupo radical palestino Hamas anunciaram ontem que desistiram de se candidatar ao Conselho Palestino.
O Hamas (Movimento de Resistência Islâmico) se opõe aos acordos de paz entre Israel e a OLP e anunciou que não vai pedir boicote das eleições, em 20 de janeiro, mas também não participará.
Os três membros do grupo haviam anunciado que se candidatariam de forma independente.
O anúncio da desistência foi feito depois que um comunicado emitido pelo Hamas ameaçou os candidatos de expulsão.
Eles disseram que desistiram de concorrer para pôr "fim à confusão" causada no Hamas pelo anúncio das candidaturas.
A comissão eleitoral palestina cedeu à pressão internacional e adiantou para ontem o início da campanha eleitoral na faixa de Gaza e nas áreas autônomas da Cisjordânia. A campanha começaria no próximo fim-de-semana.
Anteontem, o chefe do grupo de observadores europeus da eleição palestina, Carl Lidbom, havia condenado a redução da campanha eleitoral de 22 para 14 dias sem que tenha sido dada justificativa pelas autoridades palestinas.
Segundo ele, a redução prejudicaria os candidatos independentes e de oposição.
O líder da OLP, Iasser Arafat, e sua única concorrente, Samiha Khalil, iniciaram suas campanhas pela presidência do Conselho Palestino.
Israel
O chanceler israelense, Ehud Barak, reuniu-se ontem em Amã com o rei Hussein. Os dois países assinarão acordos de cooperação na semana que vem.
Hussein anunciou que visitará Israel no dia 10 deste mês. Os dois trataram também da retomada das negociações de paz entre Síria e Israel, retomadas na semana passada após seis meses e que recomeçam hoje nos EUA.
O primeiro-ministro de Israel, Shimon Peres, disse que Síria e Israel ainda não começaram a discutir os temas mais importantes para atingir a paz. O principal ponto das negociações é a retirada israelense das colinas do Golã, tomadas por Israel em 1967.
O advogado de Yigal Amir, que confessou ter matado o primeiro-ministro Yitzhak Rabin, em 4 de novembro passado, pediu que seu cliente seja transferido da prisão de segurança máxima no sul de Israel onde está detido.
Segundo ele, Amir reclamou que sua cela é fria demais e que não está recebendo alimentação de acordo com a religião judaica.

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