São Paulo, sexta-feira, 5 de janeiro de 1996 |
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Procuradoria pede quebra de sigilo bancário da igreja e seus dirigentes
FERNANDO MOLICA
Por solicitação da Procuradoria, a Polícia Federal abriu, no final de dezembro, inquérito para apurar indícios de fraudes cambiais e fiscais que teriam sido cometidas pela Universal e seus dirigentes. Eles querem analisar a movimentação, nos últimos cinco anos, das contas bancárias dessas pessoas, empresas e instituições. Os procuradores decidiram também reforçar à Receita Federal o pedido de quebra do sigilo fiscal de pastores e empresas. O pedido já foi encaminhado pela Polícia Federal. Miranda afirmou também que, por solicitação da Procuradoria, a PF irá convocar para depoimento o bispo da Universal Honorilton Gonçalves. Ele disse ter informações de que Gonçalves tem ofendido procuradores da República no programa "25ª Hora", transmitido pela rede Record. "Se eu fosse o advogado dele, o aconselharia a moderar a linguagem", afirmou Miranda. Os dois procuradores disseram que a Interpol (Polícia Internacional) foi acionada para investigar atividades da Universal na Colômbia e nos Estados Unidos. Na Colômbia, a Interpol apura eventuais ligações entre a Universal e o tráfico internacional de drogas. Segundo a Procuradoria da República, a Interpol informou que a igreja teria comprado na Colômbia casas pertencentes a chefes do tráfico internacional de drogas. Isto seria uma forma de "lavar" o dinheiro obtido com o tráfico. Nos Estados Unidos, a Interpol irá tomar o depoimento de Mário Justino, ex-pastor da Universal e autor do livro "Nos Bastidores do Reino". No livro, Justino faz uma série de acusações à Universal. O ex-pastor mora nos EUA. Texto Anterior: Igreja pretende reunir 500 mil pessoas no Rio Próximo Texto: Música de Carnaval satiriza evangélicos Índice |
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