São Paulo, domingo, 7 de janeiro de 1996
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Banco ajuda na recolocação

DA REPORTAGEM LOCAL

Receber uma carta de demissão pode ser um pesadelo. Assiná-la também.
Para aliviar a situação em ambos os casos, o Unibanco -dono da maior tesoura da folha de pagamentos do mercado financeiro, com 446 demissões anunciadas desde dezembro- criou um grande programa de "outplacement" (recolocação).
Conforme o cargo ocupado, os demitidos contam com o apoio do banco para buscar um novo emprego ou até para abrir uma empresa.
Os antigos diretores do Nacional, por exemplo, terão a ajuda especializada da DBM Associados, consultoria de recolocação de executivos. A alta gerência, por sua vez, terá assessoria da Manager.
A grande massa dos demitidos está nas faixas administrativa e técnica. Para estas, o Unibanco criou o Centro de Recolocação Profissional. Com escritórios em São Paulo e no Rio de Janeiro, o centro tem 35 funcionários treinados para ajudar os desempregados a voltar.
Além da parafernália eletrônica (computadores para elaboração de currículos, telefones, fax etc.), o centro oferece ao ex-funcionário listas com dados de 3.000 empresas no país. Envia, ainda, currículos selecionados para outras 200 empresas cadastradas.
"O primeiro contato é mais direcionado ao apoio psicológico do demitido, para que ele recupere a auto-estima e volte com força ao mercado de trabalho", afirma Sandra Gomes de Lima, superintendente de recursos humanos do banco.
Os que procurarem o centro receberão orientação sobre como elaborar currículos, comportar-se em entrevistas e aprimorar-se profissionalmente.
Os interessados em montar empresas com o dinheiro da indenização serão orientados pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micros e Pequenas Empresas).
Em contrapartida, os funcionários menos qualificados (auxiliares e escriturários) terão um apoio limitado, sem direito à orientação pessoal: recebem, junto com a carta de demissão, um manual sobre como procurar um novo emprego."Se der, estenderemos os benefícios a todos", promete Sandra.

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