São Paulo, domingo, 7 de janeiro de 1996
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Favelado já é marca de surfe

DA SUCURSAL DO RIO

O mundo do surfe foi a saída encontrada por Rogério Vieira de Castro, o Base, 32, para sustentar sua família.
Um dos shapers (profissional que projeta e faz o desenho da prancha) mais conhecidos entre os surfistas do Recreio e da Prainha (zona oeste do Rio), ele mora em uma das favelas da região.
Além de apelido, Base é hoje marca de prancha de surfe. Na oficina montada no quintal de casa, ele fabrica por mês uma média de 30 pranchas, o que lhe permite manter os dois filhos e a mulher.
Na casa-oficina, muita coisa é improvisada. Sacos de cimento empilhados servem para sustentar a prancha que vai ser encapada (receber a resina).
Caixas de ovos cobrem a parede da sala onde a fibra é cortada para abafar o barulho da plaina.
Base vive do que ganha como shaper desde 1993, quando deixou o emprego em uma empresa de modelagem de fibra.
"O começo foi muito difícil. Ninguém queria ensinar como as pranchas eram feitas. Eu tinha que ficar olhando o trabalho dos surfistas sem perguntar nada. Mas consegui aprender", conta.

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