São Paulo, domingo, 7 de janeiro de 1996
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Academia exige investimento elevado

PATRÍCIA CERQUEIRA
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Janeiro, mês de férias escolares, é o melhor momento para montar uma academia de ginástica -já que bicicletas e esteiras são trocadas por praias, clubes e parques.
Durante o verão, o futuro empreendedor pode se dedicar a reforma do prédio ou compra dos equipamentos, porque a malhação só volta depois do Carnaval.
Mas disputar um espaço nesse mercado exige alto investimento.
"Com menos de R$ 200 mil não se monta uma boa academia de 300 m2", diz André Passoni, 40, assessor de diretoria da Fórmula Academia.
Inaugurada há três anos, a Fórmula está passando por uma reforma para ampliar seu espaço, dos atuais 6.000 m2 para 9.000 m2.
A inauguração da nova área está prevista para março, mês excelente, segundo donos das escolas de ginástica, para abrir academia.
João Baptista Gil Jr., sócio da Pumping Iron, aconselha a não oferecer várias modalidades -como capoeira, judô, karatê, natação, hidroginástica, jazz e balé.
O melhor é trabalhar muito bem um segmento -como musculação, por exemplo-, ter outros complementares -aeróbica e natação- e contar com bons equipamentos e profissionais.
Tadeu Ebone, dono da Master Academia, ousou e há um ano oferece ginástica 24 horas. Ele garante que a inovação deu certo.
Ebone trava uma disputa acirrada por alunos com outras academias dos Jardins (zona oeste), onde está há três anos.
Segundo os empresários, o pior problema é encontrar um ponto. "Não adianta ter uma academia sofisticada em uma região onde as pessoas não podem pagar a mensalidade", afirma Passoni.
Ele alerta que, se for um sobrado, os equipamentos de musculação devem estar no térreo ou próximos das paredes para não afetar a estrutura. É necessário ter dois vestiários. "Em cada um dos banheiros devem ser instalados, no mínimo, três chuveiros."

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