São Paulo, terça-feira, 9 de janeiro de 1996
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Souza Cruz exporta 35% mais

DO ENVIADO ESPECIAL

Apesar da defasagem do dólar em relação ao real, a Souza Cruz em 95 aumentou suas exportações de fumo entre 30% e 35% sobre os US$ 200 milhões obtidos em 94.
"Conseguimos esse incremento por causa do aumento do volume exportado e da alta nos preços internacionais", diz Nelson Bennemann, diretor de fumo da empresa.
"É um bom momento para repassar a alta da matéria-prima aos preços do produto exportado", diz Ruben Claudio Genehr, 49, vice-presidente da Dimon.
O custo do fumo para a indústria subiu 55% desde o início do Plano Real, segundo Genehr, em função da duplicação do valor da mão-de-obra.
A Dimon é resultante da fusão, concluída este mês, entre a Dibrell e a Tabra, que juntas faturaram cerca de US$ 300 milhões na venda de fumo no ano passado.
Para 96, a previsão é de que a Dimon venda perto de US$ 350 milhões (80% em exportações).
Segundo Genehr, a fusão foi necessária para racionalizar operações e reduzir custos.
Hainsi Gralow, da Afubra, acha que as fusões diminuem a concorrência no mercado de fumo.
"Não se pode falar em monopólio, mas a redução do número de empresas afeta o poder de barganha do produtor", afirma Gralow.

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