São Paulo, terça-feira, 9 de janeiro de 1996 |
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Natal do Real vende 8,5% menos
FÁTIMA FERNANDES
O levantamento acaba de ser concluído pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo (FCESP). Lojas de tecidos, móveis e decoração, material de construção e concessionárias de veículos foram as que registraram maiores quedas na receita, no período: 33,96%, 28,68%, 21,29% e 24,11%, respectivamente. Também faturaram menos em dezembro do ano passado sobre igual mês de 1994 as lojas de departamento (-12,8%) e de utilidades domésticas (-15,9%). As lojas de cine, foto, som e ótica registraram diminuição de 11,84% na receita no último mês do ano passado sobre o último de 1994. No caso dos supermercados, a queda foi de 3,66% e, das revendas de autopeças, de 1,76%. O comércio que conseguiu ir no sentido inverso -faturando mais- foi o de vestuário, calçados e farmácias e perfumarias. Ainda segundo a FCESP, o aumento na receita destas lojas foi de 3,58%, 2,40% e 16,77%, respectivamente. "Dezembro foi o mês que refletiu o desempenho do comércio no segundo semestre. Quem vendeu foram aqueles que tinham produtos baratos", diz Abram Szajman, presidente da federação. Segundo ele, também neste mês é o público de baixa renda que movimenta o comércio. "É um consumidor novo que está no mercado e vai continuar comprando o que for barato." Nos seus calculos, o faturamento do comércio neste mês deverá ser 25% menor do que o de janeiro de 1995, que ainda sentia os efeitos do aumento de consumo provocado pelo Plano Real. As vendas físicas em janeiro deverão ser 15% menores do que as de igual mês do ano passado. "Estamos vendo importantes lojas de departamento fazendo grandes promoções para atrair a clientela. Tudo isso para fazer o estoque girar. É que a classe média não está comprando." Até mesmo lojas que têm artigos em conta estão cortando preços neste início de ano para chamar a atenção do seu público. A Vitia, rede de oito lojas especializada em roupas femininas, por exemplo, reduziu de R$ 18 para R$ 10 os preços dos vestidos de viscose. A idéia é desovar 8.000 peças até o final deste mês. Ano de 95 O comércio paulista terminou 1995 com faturamento 3,27% maior do que o de 1994. A venda física cresceu 11,87%, no período. "Esse aumento foi possível por causa do primeiro semestre", diz Szajman. As lojas de roupas foram as que registraram maior aumento de faturamento no ano: 26,32%. Em seguida vêm: calçados (21,52%), lojas de departamento (13,72%), lojas de utilidades domésticas (13,58%), farmácias (11,24%), supermercados (5,17%) e lojas de cine, foto, som e ótica (0,74%). As lojas que faturaram menos em 1995 sobre 1994 foram: concessionárias de veículos (11,57%), tecidos (9,55%), autopeças (5,30%), móveis (4,54%) e de material de construção (4,37%). Próximo Texto: Triplica saldo da caderneta Índice |
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