São Paulo, terça-feira, 9 de janeiro de 1996 |
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Montadoras esperam exportar 13,2% mais
LUIZ ANTONIO CINTRA
A estimativa foi feita ontem por Silvano Valentino, presidente da Anfavea, associação que reúne as montadoras de veículos instaladas no país. Valentino inclui em seus cálculos para a exportação o efeito que o novo regime automotivo criado pelo governo brasileiro terá sobre a indústria nacional. O programa vincula estímulos à importação à definição de metas de exportação por parte das montadoras. A Anfavea divulgou ainda que foram vendidos no país no ano passado 1.626.900 veículos -recorde da indústria-, contra 1.327.595 vendidos em 94. Porém esse índice de crescimento de 22,5% em 1995 não deve se repetir neste ano, quando as vendas devem crescer apenas 5%. "Ocorre que nos últimos anos viemos crescendo fortemente, até chegarmos a esse novo patamar. Agora a tendência natural é que o crescimento seja mais lento", diz o presidente da Anfavea. Para ele, o financiamento das vendas por meio da captação de recursos no exterior está se firmando como "algo estrutural" para as montadoras. Emprego Apesar do crescimento das vendas, o nível de emprego do setor automobilístico caiu ao longo do ano passado. A indústria começou o ano de 1995 com 107,1 mil empregados e entra em 1996 empregando 103,9 mil pessoas -redução de 3% no nível de emprego. Além do ajuste feito pela indústria ao menor ritmo das vendas a partir de abril, o setor também terceirizou muitos trabalhadores, segundo o presidente da Anfavea. Em 96 Valentino diz que o emprego se manterá estável, podendo ocorrer demissões localizadas em "algumas regiões do país". Texto Anterior: Bovespa defende capitalismo popular Próximo Texto: Calmon de Sá pode ser indiciado por fraude Índice |
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