São Paulo, terça-feira, 9 de janeiro de 1996 |
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Argentina quer combater sonegação
DENISE CHRISPIM MARIN
Cerca de 400 agentes foram convocados para inspecionar empresas localizadas na costa atlântica e nas regiões montanhosas do país. Eles estarão atentos, principalmente, à emissão de notas fiscais por todas as vendas efetuadas. "É uma operação de alto rendimento para o país", afirmou ontem o secretário da Fazenda, Ricardo Gutiérrez. Ele estima que US$ 9 bilhões correspondentes ao IVA (Imposto sobre o Valor Agregado) são sonegados por ano no país. A severidade do Ministério da Economia no combate à sonegação tem pelo menos dois motivos. O primeiro é melhorar a arrecadação de impostos neste ano. O outro é a chegada, no próximo dia 20, de uma missão técnica do FMI (Fundo Monetário Internacional). Os técnicos do FMI vão avaliar as contas fiscais de 1995 e as possibilidades de cumprimento das metas fixadas para 96. A partir daí, poderão aprovar -ou não- o pedido de empréstimo de US$ 800 milhões feito pelo governo argentino, em dezembro. Desemprego Pesquisa divulgada pelo Idec (Instituto de Estudos Contemporâneos) mostra que 40% da PEA (População Economicamente Ativa) da Argentina trabalha no mercado informal. Há dez anos, os que trabalhavam no mercado informal somavam 71% da PEA. Mesmo assim, o percentual de 40% ainda é considerado alto e envolve diretamente 5,6 milhões de trabalhadores. O estudo, realizado com 1.599 pessoas maiores de 18 anos, mostra também que o total dos que não trabalham nem fazem "bico" aumentou de 37% a 50%. A maioria dos trabalhadores informais tem até 20 anos, é do sexo feminino e possui baixo nível de escolaridade e qualificação profissional. Texto Anterior: Abertura econômica e estabilização Próximo Texto: Chile registra superávit em 95 Índice |
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