São Paulo, terça-feira, 9 de janeiro de 1996
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Justiça decide quebrar sigilo no 'caso da fita'

HUMBERTO SACCOMANDI
DA REPORTAGEM LOCAL

A Justiça aprovou a quebra de sigilo telefônico de pelo menos duas pessoas investigadas no caso da "fita do suborno".
A quebra do sigilo telefônico do ex-juiz Wilson Roberto Cattani e do presidente do Botafogo de Ribeirão Preto, Laerte Alves, havia sido pedida pela polícia.
Cattani está sendo investigado sob suspeita de chefiar um suposto esquema de fabricação de resultados em partidas do Campeonato Paulista de futebol.
Ele mesmo revelou a existência do esquema, em conversa gravada. Depois, voltou atrás e disse ter inventado tudo.
Alves teria usado o esquema para favorecer seu clube, que subiu da Série A-2 para a A-1 em 95.
A Telesp deve agora enviar uma relação com as ligações detectadas dos aparelhos telefônicos pertencentes aos dois.
A Folha revelou no último domingo que houve pelo menos 182 chamadas entre aparelhos de Cattani e Alves de agosto a novembro de 1995.
É justamente em agosto, no final da Série A-2 do Paulista, que o Botafogo teria sido favorecido nas arbitragens.
Cattani não quis comentar as ligações. Alves disse que Cattani ligou tentando lhe vender um carro. Em depoimento à polícia, os dois negaram se conhecer.
Além do sigilo telefônico, a polícia pediu ainda a quebra dos sigilos bancário e fiscal dos envolvidos no caso.

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