São Paulo, quarta-feira, 10 de janeiro de 1996
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Policiais e bombeiros do Rio se unem em protesto por salários

SERGIO TORRES
DA SUCURSAL DO RIO

Pela primeira vez na história da segurança pública do Rio, policiais civis e militares e bombeiros se unem em protesto contra a política salarial do governo estadual. As categorias discutem amanhã a possibilidade de realizar um ato público contra o governo.
Policiais e bombeiros se preparam para cobrar na Justiça o 13º salário de 1995, que ainda não foi pago. Também reclamam do não-pagamento de reajustes prometidos desde o ano passado.
A reunião acontecerá na sede do Clube dos Oficiais da PM (Polícia Militar) e do Corpo de Bombeiros.
Participarão do encontro dirigentes do Clube dos Oficiais, do Sinpol (Sindicato dos Funcionários da Polícia Civil do Estado do Rio) e da Associação de Cabos e Soldados da PM e dos Bombeiros.
Os PMs reivindicam o pagamento de 32,9% mensais, relativos à perda salarial que teria se acumulado nos últimos oito meses.
No caso de o governo não pagar o 13º salário e um reajuste de 53,8%, os policiais civis poderão discutir o início de uma campanha pela greve, segundo o vice-presidente do Sinpol, Gemerson Henrique Dias.
Em protesto contra a situação salarial, o Sinpol estendeu uma faixa preta, simulando luto, em frente ao prédio da Polícia Civil (Lapa, região central do Rio).
Sinpol, Clube dos Oficiais e Associação de Cabos e Soldados entram na Justiça ainda nesta semana com um mandado de segurança para que o governo do Estado pague o 13º salário dos policiais e bombeiros. A assessoria de imprensa do governador Marcello Alencar (PSDB) informou que o 13º ainda não foi pago por falta de recursos financeiros.
Segundo o informe, também não há dinheiro para reajustar os policiais civis em 53,8%, apesar de haver um parecer favorável ao aumento. O parecer foi firmado pelo Crase (Conselho de Recursos Administrativos dos Servidores do Estado), dirigido pelo secretário estadual de Administração, Augusto Werncek.

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